De acordo com Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) a floresta da Amazônia Maranhense, soou o alerta do aumento no desmatamento ilegal no mês de julho desse ano, comparado com o mesmo período do ano passado que persiste em um processo violento que provoca danos sociais, econômicos e ambientais visíveis. Além disso, essa região amazônica registra violações severas dos direitos humanos associadas ao desmatamento, como casos recorrentes de conflitos pela terra.
Simultaneamente, o Maranhão registra níveis recordes de queimadas e extração irregular de madeira, além de enfrentar escassez de água e luta contra os piores indicadores sociais e econômicos do país. Segundo os pesquisadores, o governo do Maranhão deve urgentemente criar mecanismos para proteger suas florestas, promover agricultura sem-fogo e estabelecer uma política de restauração florestal.
Segundo o professor Marcelo Carneiro da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que é um dos autores de um estudo no ano de 2016/2017 que avalia o impacto ambiental do desmatamento da floresta amazônica do Maranhão foi amplamente convertida em carvão vegetal usado nas indústrias de ferro gusa da região, e as áreas desmatadas deram espaço para o desenvolvimento da agropecuária e as plantações de eucalipto.
As áreas protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas) estão sendo desmatadas ilegalmente. E além disso, mostra o estudo, cerca de mais de 771 km2 de florestas nas propriedades rurais do estado ainda estão disponíveis para o desmatamento legal, uma área equivalente à da cidade de Nova York.
Em julho de 2018, houve alerta em torno de toda floresta amazônica de 596,6 km². Já em julho de 2019, este número foi de 2.254,9 km², ou seja, quase quatro vezes mais. No mês anterior, a área com alerta de desmatamento foi de 931,6 km².
Os dados de julho de 2019 são os mais altos desde 2015, se considerados todos os meses de monitoramento disponíveis para análise. Antes, o recorde de área com alerta havia sido em agosto de 2016, com 1.025 km².
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